Pedras de Minha Rua

A crônica de hoje tem como protagonista a Avenida Odonel Miranda Rios, rua do Hospital, como é conhecida por muitos. Da esquina dos Micucci até Leal material de Construção, chamava-se rua J.J.Seabra, nessa época morava nesta rua o Senhor Odonel Miranda Rios, onde hoje mora a nossa querida Tia Detinha. Odonel nasceu no bairro do Arroz, seus pais eram João Nicolau Rios e Leonidia Miranda Rios. Casou-se com Almira Souza Rios, a saudosa dona Bilê, filha de Paterniano, com ela tivera dois filhos – a escritora Lilinha Rios e o político Valter Rios. No começo da década de 1940, passou a residir nessa rua de nome J.J.Seabra, sempre militou na política, pelo Partido Social Democrático – PSD. Era um verdadeiro líder político, um forte cabo eleitoral, assim chamado na época. Homem caridoso, trabalhava ativamente na sociedade São Vicente de Paula (Os Vicentinos), fazia doação de cestas básicas para algumas famílias carentes, fato que a família só tomou conhecimento quando do seu falecimento precoce. Em 1959 foi assassinado, deixando toda cidade bastante comovida. Os políticos da época usaram
dos seus prestígios com o governador do estado Juracy Magalhaes da UDN para elucidação do crime, e um policial de Salvador, designado para investigar o fato, descobriu que esse tinha sido premeditado. Um latrocínio, efetuado por matador de aluguel, delito pouco comum naquela época, a mando de um fazendeiro de Jeremoabo.
Mas voltemos para a avenida, um lugar recheado de histórias e de pessoas ilustres. Não podemos passar por ela, em seus mais de mil metros de comprimento, e não viajar em um passado de alegrias e de boas lembranças. Como passar na Rua do Hospital e não lembrar de Teobaldo Cerqueira, o alfaiate; de Zé Luís e seus discos; da barraca de Zé Firmino; da venda de Santa e Dona Lozina; e das puxas de rapadura de dona Zefa… como não lembrar dos tamarindos de dona Aurelina (Lé) de Curió, ou de seu Zé Preto, pai de Nair… Andar por essa avenida traz muitas recordações! Seu Alexandre, que tocava o sino do colégio. Elinesio, que dirigia o jeep do padre. Benedito, o relojoeiro. Dona Ana, de Minininha e D. Alcina, mãe de Gabiza, Iaiá Pé de Pato, dona Noeme e seu Juca, Iriquinho e Brandina, D. Flor, Hermógenes, Nice de Lozina… São tantos que por ali passaram, que ali viveram e deixaram suas histórias… A avenida Odonel Rios é uma verdadeira viagem, cheia de pessoas que fizeram e fazem a história dessa avenida que leva o nome de mais um calmonense, que com suas narrativas nos ajuda a escrever as crônicas Pedras de Minha Rua.

Transparência

Atendimento

  Endereço

Av. Odonel Miranda Rios, 45 1º andar Centro


  Horário

Segunda a sexta-feira das 08:00 às 12:00 das 14:00 às 18:00


Telefone

(74) 3627-2121

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