10 de agosto de 2018
Rua Dr. Gasparino Barreto
Nascido em – 07/11/1910
Falecido em – 03/03/1993
Natural de Santo Inácio
Mais uma crônica, mais uma história na construção das pedras de nossa terra. A rua de hoje recebe o nome de uma figura ilustre, um homem que marcou com o seu profissionalismo a história de muitas famílias em nossa Calmon. Com a sua inteligência, salvou vidas e se fez presente nos momentos mais difíceis, em situações de doença, ou nos momentos de alegria e celebração, quando ajudava uma criança a nascer. Assim foi a vida desse homem, que enchendo de orgulho sua família, empresta seu nome para uma das ruas de nossa terra. Formado em 1937, em medicina, uma profissão a que poucos tinham acesso, chegava em nossa terra e em nossa vida, em 1938. Trazido pelas mãos das forças baianas do Estado Novo, como Intendente, dirigiu o nosso município em 1943 e 1944. Dr. Gasparino, homem alegre e de energia contagiante, era apaixonado pelas músicas de Roberto Carlos e fã fiel de Sinatra. Soube até que esteve no Rio de Janeiro para assistir Frank Sinatra e seu belíssimo show no Maracanã. Dr. Gasparino extrapolou fronteiras, além de Miguel Calmon, cidade que ele adotou como sua, também percorria por Jacobina, Piritiba, Mundo Novo, Morro de Chapéu, onde lhe chamavam para socorrer vidas. Ele era o médico da região. Quando ainda bem jovem entregou seu coração à sua amada Iracema Costa Santos (Doty), casaram-se em dezembro de 1941, e formaram uma grande família com a chegada dos filhos: Consuelo, Marco Antonio Márcia, Júlio César, João Renovato, Jussara, Rhéa Silvia e seu amado e caçula Tito Lívio. Ainda em seu leito de morte, pediu à sua amada Doty, como era conhecida por todos, que não abandonasse o Tito Lívio, seu protegido. Em suas horas de lazer, ou horas vagas, apreciava um bom whisky e o Conhaque Presidente. Seu pontos preferidos eram a Sorveteria de Palmeira, onde era atendido por seu Zé Preto, e o bar de Benedito Vieira. Dr. Gasparino Moreira Barreto nasceu em 1910 e mudou-se para a eternidade em 1993, deixando saudades entre os familiares e os amigos que compartilhavam de suas prosas. Deixou nas páginas de nossa história um legado de serviços ao próximo, quantas consultas não foram cobradas, era um trabalho dedicado e de amor à sua profissão. A bondade e a caridade lhe eram peculiares, foram muitas madrugadas em que se levantava e, tomado pelo bom humor, não deixava de atender as chamadas para socorrer alguém que precisava de seus serviços. Esse é mais um nome que compõe as nossas crônicas, que constroem as “Pedras de Minha Rua”. Esta rua fica localizada no Bairro Santa Tereza e o seu nome fica no reconhecimento de nossa gente pelos relevantes serviços à nossa Calmon.