24 de agosto de 2018
RUA – ERNESTINO OLIVEIRA VARJÃO
NASCIDO EM – 12 DE OUTUBRO DE 1919
FALECIDO EM – 20 DE JUNHO 1996
NATURAL DE – CURAÇÁ – BA
Filho de Manoel Ernestino Varjão e Minervina Oliveira Varjão, seu Ernestino era um homem viajante. Após conhecer Laudelina Pinto, a saudosa dona Nenén, casou-se, constituiu família e, por isso, deixou de viajar, passando a ser comerciante de compra e venda de cereais e querosene em lata. Era um comércio promissor na rua do Ventura, hoje Dr. Antonio de Oliveira. Vale lembrar que a rua do Ventura já foi caminho da Estrada Real que ia dar acesso ao Brejinho. Na qualidade de comerciante, estendia seu comércio até o distrito de França. Ia todos os domingos e levava seus filhos como ajudantes na comercialização. Uma certa feita, lá por meia noite, o seu depósito cheio de mercadorias incendiou, acordando toda a cidade que tentava apagar o fogaréu com imensas labaredas. Foi terrível, tudo se perdeu, um imenso prejuízo, mas com muito esforço, o destemido Ernestino retomou o seu comércio. Tinha apenas o curso primário, mas era um grande leitor de jornais, revistas e romances, o que contribuiu para que ele se tornasse um homem muito culto. Amante da política, foi vereador, presidente de clubes esportivos e Delegado, nomeado pela prefeitura e respeitado por toda a população. Seu esporte preferido era a pesca, nadava como um gigante. Nos tempos de muitas águas na Ponte do Massambão, lá estava Seu Ernestino. A garotada se divertia com sua peripécias, o bom nadador conseguia nadar em pé. Isso mesmo! Assim iludia muitos banhistas, que pensavam que o local era raso e lá iam, acreditando que a água estava na cintura do Ernestino e, de repente, afundavam… ele, malandro que era, às gargalhadas, salvava a todos. Seu irmão chamava-se Paulo Oliveira, seus filhos Ernane, Erlina, Arline, Jane e a caçulinha Rita de Cássia. Seu Ernestino, admirado por muitos e respeitado por todos, deixou saudades e hoje seu nome faz parte dessa construção das crônicas Pedras de Minha Rua. Essa rua fica localizada no Bairro São Vicente, é uma travessa que liga a praça Acelino Rios à rua Virgílio Almeida.